O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou, nesta segunda-feira (16), que a Itália realizou "progressos notáveis" contra a imigração clandestina, durante visita a Roma.

Starmer, que rejeitou o plano anterior do governo britânico de expulsar migrantes para Ruanda, disse estar "interessado" no método de sua homóloga de extrema direita, a italiana Giorgia Meloni. 

Em novembro de 2023, a chefe do governo italiano assinou um polêmico acordo com a Albânia que prevê a criação de dois centros para migrantes neste país. 

"Eles fizeram progressos notáveis, trabalhando em pé de igualdade com os países nas rotas migratórias para abordar as raízes das causas da migração e combater as redes", disse Starmer em coletiva de imprensa com Meloni.

Horas antes, o governo britânico anunciou a instalação de um comando de elite encarregado da segurança das fronteiras, uma das promessas de campanha do premiê trabalhista.

Eleito por ampla margem em julho, Starmer prometeu fazer do combate à imigração ilegal uma das suas prioridades. 

Sua visita à Itália rendeu críticas até mesmo em suas próprias fileiras. O deputado trabalhista Kim Johnson disse ao The Guardian que lamenta ver Starmer "buscar lições de um governo neofascista".

Mas o primeiro-ministro britânico defendeu um foco "pragmático". "Primeiro, somos pragmáticos quando enfrentamos um desafio, discutimos com nossos amigos e aliados sobre as diferentes abordagens que existem, observamos o que funciona", declarou ele em Roma.

De acordo com o Ministério do Interior italiano, as chegadas de migrantes por via marítima diminuíram consideravelmente desde o início do ano: 44.675 entre 1º de janeiro e 13 de setembro, em comparação aos 125.806 durante o mesmo período de 2023.

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