A República Tcheca solicitou à Venezuela "informações detalhadas" sobre a prisão de um cidadão tcheco acusado pelas autoridades venezuelanas de fazer parte de uma conspiração para atacar o presidente Nicolás Maduro, informou nesta segunda-feira (16) o governo do país europeu.  

O tcheco Jan Darmovrzal foi detido junto com três americanos e dois espanhóis por um "plano" para "desestabilizar" a Venezuela, anunciou no sábado o ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, em meio a questionamentos sobre a reeleição de Maduro no dia 28 de julho, denunciada pela oposição como uma fraude.

"A embaixada tcheca em Bogotá enviou uma nota ao Ministério das Relações Exteriores da Venezuela em relação à detenção do cidadão tcheco", disse em um comunicado a porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Mariana Wernerova.

"Solicitamos informações detalhadas sobre o caso e contato consular", acrescentou.

A sede diplomática em Bogotá é responsável pelas relações com Colômbia, Costa Rica, Panamá, Venezuela e outros países do Caribe.

Os americanos detidos foram identificados por Cabello como Wilbert Josep Castañeda - um militar acusado de liderar a conspiração - Estrella David e Aaron Barren Logan, e os espanhóis como José María Basoa e Andrés Martínez Adasme. O ministro os vinculou a organismos de inteligência dos Estados Unidos e da Espanha.

Segundo o ministro, mais de 400 fuzis destinados a "atos terroristas" foram apreendidos.

Washington e Madri negaram categoricamente qualquer relação com a conspiração denunciada por Cabello.

"Nossos diplomatas estão em contato com colegas dos Estados Unidos e do Ministério das Relações Exteriores espanhol", precisou a nota do governo tcheco.

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