Os Estados Unidos afirmaram, nesta segunda-feira (16), que apoiam a liberdade de navegação de Manila no Mar da China Meridional, após um navio filipino ter deixado um recife em disputa, o que levou Pequim a declarar uma "soberania indiscutível" na região.

"Não há base legal para as reivindicações marítimas da República Popular da China no Mar da China Meridional, e as formas perigosas pelas quais tenta fazer valer essas reivindicações colocam em risco as vidas e o sustento dos filipinos", disse aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, utilizando o nome oficial da China.

"Compete às Filipinas decidir como operar seus navios em áreas onde gozam de liberdade de navegação em alto-mar, de acordo com o direito internacional", afirmou Miller. "Continuamos apoiando nossos aliados filipinos", acrescentou.

Pequim reivindica a maior parte do Mar da China Meridional, apesar de um tribunal internacional ter decidido que suas alegações não têm fundamento, e tem agido de forma agressiva contra navios do governo filipino no recife conhecido como "Sabina" e outros pontos em disputa dessa importante via navegável estratégica.

Nos últimos meses, marinheiros chineses colidiram, bloquearam, lançaram jatos d'água e até abordaram navios filipinos, causando danos e feridos.

A guarda-costeira chinesa afirmou no domingo que tinha "soberania indiscutível" sobre o recife em disputa, denominado por Pequim como Xianbin.

O navio BRP Teresa Magbanua estava ancorado na área desde abril com o objetivo de afirmar a reivindicação de Manila sobre essa zona.

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