A Rússia decidiu aumentar o número de homens de seu Exército, em um decreto assinado na segunda-feira pelo presidente Vladimir Putin, em resposta às "ameaças" em suas fronteiras, principalmente as ocidentais, afirmou o Kremlin nesta terça-feira (17). 

"Isso se deve ao número de ameaças que nosso país enfrenta (...) à situação extremamente hostil em nossas fronteiras ocidentais", disse à imprensa o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, em referência à guerra na Ucrânia. 

Ele também mencionou à "instabilidade nas fronteiras da região leste" do país, que estreitou fortemente seus laços na Ásia, com a China e Coreia do Norte, diante da influência americana. 

Na noite de segunda-feira, Putin assinou um decreto para aumentar em 15% o número de soldados russos e chegar a um total de 1,5 milhão. 

Esse aumento torna o Exército da Rússia o segundo maior do mundo, atrás da China, indicou a imprensa russa. 

Entre 2008 e 2022, a quantidade de tropas russas era de aproximadamente um milhão, mas o início da invasão russa na Ucrânia em fevereiro de 2022 levou a um aumento progressivo. 

O último aumento aconteceu em dezembro passado, quando passaram de 1,15 para 1,32 milhão. 

Para atrair novos recrutas, as autoridades russas realizam uma grande campanha de comunicação nacional que promete salários altos, além de vantagens fiscais e sociais. 

Também convocaram dezenas de milhares de presos nas prisões do país. 

Na frente de batalha, o Exército russo é muito mais numeroso que o ucraniano, que conta com uma população três vezes menor que Moscou - cerca de 40 milhões frente a 145 milhões - e enfrenta dificuldades para mobilizar combatentes após dois anos e meio de guerra. 

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