Uma organização jihadista afiliada à rede Al-Qaeda reivindicou nesta terça-feira (17) um ousado ataque em Bamaco, capital do Mali, onde os combates continuavam à tarde nas proximidades do aeroporto.

"Uma operação especial realizada nesta manhã ao amanhecer contra o aeroporto militar e o centro de treinamento dos gendarmes malineses no centro da capital causou enormes perdas humanas e materiais e destruiu vários aviões militares", afirmou o Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GSIM) por meio de seus canais de comunicação.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram corpos na área, embora o governo militar no poder no país africano não tenha fornecido informações sobre baixas em suas fileiras.

Algumas regiões do Mali são alvos frequentes de operações de milicianos islamistas, mas nenhum ataque havia ocorrido na capital desde o ataque de março de 2016 contra um hotel que abrigava a antiga missão europeia de treinamento do Exército malinês.

Os combates continuavam no início da tarde, com intensos tiroteios próximos à delegacia que controla o acesso ao terminal civil do aeroporto, indicaram à AFP funcionários de segurança e do terminal aéreo.

O ataque ocorre em um contexto de tensão e de severas restrições à circulação de informações impostas pelo governo militar desde 2020.

"A situação está sob controle", assegurou à televisão estatal o chefe do Estado-Maior do Exército, o general Oumar Diarra.

"Os terroristas foram neutralizados. A busca continua", acrescentou.

A televisão exibiu imagens de uma dezena de prisioneiros com as mãos amarradas e os olhos vendados.

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