A Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou, na última segunda-feira (16/9), as primeiras imagens do submersível Titan no fundo do oceano. O submarino, que pertencia à empresa OceanGate, desapareceu em 18 de junho de 2023 em meio a uma expedição aos destroços do Titanic.
Todas as cinco pessoas a bordo do submersível morreram. Segundo as autoridades, o Titan implodiu a cerca de 3.350 metros de profundidade, por causa da pressão da água.
Nas imagens, é possível ver parte da cauda do submersível no fundo do Oceano Atlântico. O pedaço está com bordas irregulares. Outro fragmento da embarcação aparece próximo ao local.
Os destroços foram encontrados a centenas de metros do local do Titanic, indicando que a viagem aos restos do navio que afundou, em 1912. A Guarda Costeira informou, em audiência, que deve continuar nas buscas até 27 de setembro.
As autoridades também informaram que esse e outros detritos foram localizados por um veículo operado remotamente – uma espécie de drone aquático – em 22 de junho de 2023, dias após o desaparecimento. Os investigadores disseram que os destroços forneceram “evidências conclusivas” de que o submersível sofreu uma implosão, um colapso para dentro da embarcação, causado por imensa pressão.
Também foi informado que foram feitos testes de DNA nos restos mortais encontrados e foi confirmada a identidade de Stockton Rush, fundador e CEO da OceanGate; Shahzada Dawood, empresário, e seu filho de 19 anos, Suleman Dawood; Hamish Harding, aventureiro; e Paul-Henri Nargeolet, mergulhador.
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A Guarda Costeira também ouviu as primeiras testemunhas, como ex-funcionários da empresa que desenvolveram e operaram o submersível. Foram eles que revelaram a mensagem final do submersível, enviada seis segundos antes de o Titan perder contato com a superfície.
“Dropped two wts”, dizia o texto, referindo-se aos pesos que o submersível poderia perder na esperança de retornar à superfície. Poucos segundos depois, a nave-mãe perdeu o rastro da embarcação. Na ocasião foi feita uma missão internacional de busca e resgate.
A investigação busca descobrir eventos pré-acidente, estado de regulação, deveres e qualificações dos membros da tripulação, sistemas mecânicos e estruturais, resposta a emergências e a indústria submersível. O objetivo é não só descobrir os momentos antes da implosão, mas também identificar má conduta ou negligência dos envolvidos.