Os Estados Unidos instaram, nesta quinta-feira (19), o movimento xiita libanês Hezbollah a parar com os "ataques terroristas" contra Israel, como forma de reduzir a tensão na região.

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, "poderia impedir os ataques terroristas contra todo o território de Israel e garanto que, se o fizesse, insistiríamos com Israel na necessidade de manter a calma de seu lado", declarou aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller.

"A conclusão é que ele não impediu esses ataques terroristas", acrescentou.

O líder do Hezbollah reconheceu, nesta quinta-feira, que o grupo pró-iraniano sofreu um golpe "sem precedentes" após a explosão de pequenos dispositivos de comunicação no Líbano.

Nasrallah atribuiu as explosões a Israel e prometeu "duras represálias e uma punição justa, tanto onde é esperado quanto onde não é".

Em um discurso televisionado, o líder do Hezbollah, um movimento-chave na política libanesa e aliado do grupo palestino Hamas, anunciou a abertura de uma investigação interna sobre as explosões que, na terça e na quarta-feira, deixaram 37 mortos e quase 3.000 feridos.

O incidente aumentou os temores de uma guerra em grande escala no Oriente Médio.

"Enquanto o Hezbollah continuar lançando ataques terroristas através da fronteira, é claro que Israel tomará ações militares para se defender, como faria qualquer país", declarou Miller.

"Continuamos insistindo com todas as partes que não intensifiquem o conflito, que não deixem que se descontrole, que se torne uma guerra que não acreditamos que beneficie nenhuma das partes", e que "tentem alcançar um cessar-fogo em Gaza que contribua para a calma", acrescentou.

Os Estados Unidos incluíram o Hezbollah em sua lista de organizações "terroristas" em 1997, sujeitando o grupo libanês a sanções econômicas e bancárias.

A União Europeia passou a considerar o braço armado do movimento xiita uma organização "terrorista" em 2013.

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