Bogotá vai retomar no próximo dia 29 os turnos diários de racionamento de água em vigor desde abril, devido ao baixo nível dos reservatórios que alimentam a capital colombiana, causado por uma seca intensa, anunciaram autoridades nesta sexta-feira (20).

A medida, que havia sido flexibilizada para cortes a cada dois dias em julho, divide a principal cidade do país em nove zonas, entre as quais se distribuem turnos de suspensão de 24 horas.

"Diante da ausência de chuvas, Bogotá volta ao esquema inicial de racionamento diário", informou o prefeito Carlos Fernando Galán, acrescentando que os meses de julho, agosto e setembro "foram atipicamente secos" na cidade, de 8 milhões de habitantes.

Em julho, as chuvas aumentaram levemente o nível das represas da reserva natural de Chingaza, ecossistema localizado a cerca de 30 km, onde nasce a água que abastece a capital colombiana. Mas os reservatórios voltaram a níveis críticos no fim de agosto, chegando a 45,4% da sua capacidade.

A temporada seca gerou incêndios florestais nos arredores da capital colombiana. Até o meio-dia de hoje, as chamas já haviam consumido mais de 200 hectares no departamento de Cundinamarca, e se estendido a Mondoñedo, a 40 minutos de Bogotá, o que levou ao fechamento de estradas.

O fogo consumiu mais de 9 mil hectares em cinco departamentos da Colômbia neste mês, segundo boletim da Unidade Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (UNGRD) divulgado hoje.

A estatal Ecopetrol informou que, devido à seca, houve "a necessidade de suspender o fornecimento de gás natural a um grupo de empresas, para destiná-lo à geração de energia elétrica por meio de centrais térmicas".

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