O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, chamou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de "criminoso" pelo que descreveu como o "genocídio em Gaza", durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (24).
No mundo existe uma lógica "de destruição em massa, desencadeada na crise climática e na lógica das bombas que um criminoso como Netanyahu lança sobre Gaza", declarou o presidente de esquerda, um forte crítico do governo de Israel, em Nova York.
"Netanyahu é um herói para o 1% mais rico da humanidade, porque é capaz de mostrar que os povos se destroem sob as bombas", insistiu Petro, que rompeu relações diplomáticas com Israel em maio.
Nesta terça-feira, a Assembleia da ONU foi dominada pelo receio de uma guerra regional no Oriente Médio, após a intensificação da escalada militar entre o Exército israelense e o movimento islamista pró-iraniano Hezbollah no Líbano.
Em seu discurso, Petro criticou o fato de as guerras não acabarem e de não serem tomadas ações contra a crise climática.
"Se pedimos que a dívida seja trocada pela ação climática, as minorias poderosas não nos ouvem. Se pedimos que parem as guerras para se concentrarem na rápida transformação da economia mundial, para salvar a vida e a espécie humana, também não escutam", disse Petro, com um distintivo no terno da COP16, a conferência sobre biodiversidade que a Colômbia sediará dentro de um mês.
"É o poder de destruição da vida que dá volume à voz nas instalações das Nações Unidas e reúne a maioria dos seus representantes", queixou-se o presidente colombiano.
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