O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, defendeu na ONU, nesta terça-feira (24), os resultados de sua cruzada antigangues, afirmando que devolveu a tranquilidade às ruas do país.
"Nos últimos cinco anos, El Salvador renasceu, devolvemos as ruas de nosso país ao nosso povo", disse Bukele em seu discurso na Assembleia Geral da ONU.
Em março de 2022, Bukele iniciou sua "guerra" contra as gangues sob um regime de exceção que permite prisões sem ordem judicial, no qual 82 mil supostos membros de gangues foram detidos.
"Alguns dizem que prendemos milhares, mas a realidade é que libertamos milhões. Agora são os bons que vivem livres, sem medo, com suas liberdades e direitos humanos totalmente respeitados", afirmou Bukele.
"Transformamos nossa nação, que já foi a capital mundial dos homicídios, no país mais seguro de todo o hemisfério ocidental. Foi o maior desafio que nossa nação superou", acrescentou.
Grupos de defesa dos direitos humanos criticam os métodos de Bukele e afirmam que há milhares de inocentes detidos. Também denunciam as condições nas prisões.
O governante afirmou que, antes, El Salvador era o país sem guerra "mais violento do mundo", mas isso mudou com sua cruzada.
"Devolvemos as ruas de nosso país ao nosso povo e estabelecemos uma indústria turística florescente, sendo sede de eventos internacionais de surfe, esportes, entretenimento. Demos a milhares de salvadorenhos que fugiram das guerras e da pobreza um país para onde retornar", disse.
Bukele também assegurou que existem liberdades políticas e de expressão em El Salvador.
"Em El Salvador, não encarceramos nossa oposição, não censuramos opiniões, não confiscamos bens de quem pensa diferente, não prendemos pessoas por expressarem suas ideias", afirmou.
"Em El Salvador, sua liberdade de expressão, assim como sua propriedade privada, sempre estarão protegidas", acrescentou.
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