O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, discursará na Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira (25) em uma tentativa de garantir o apoio contínuo da comunidade internacional, atualmente mais preocupada com os temores de um conflito em larga escala no Oriente Médio.

Enquanto a Rússia prossegue com os bombardeios diários em território ucraniano, Zelensky pediu na terça-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que obrigue Moscou a estabelecer a paz com Kiev.

"É exatamente isso que faz falta: forçar a Rússia à paz", disse, consciente de que, após mais de dois anos e meio de guerra, o apoio a seu país pode estar chegado ao fim. 

Nos Estados Unidos, uma vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de 5 de novembro poderá significar uma mudança na política em Washington.

Até o momento, Washington lidera uma ampla coalizão de apoio militar e financeiro a Kiev.

A declaração de Zelensky foi rapidamente criticada por Moscou.

"A posição de tentar forçar a Rússia à paz é um erro absolutamente fatal. É impossível forçar a Rússia à paz", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

"A Rússia é favorável à paz, mas com a condição de garantir as bases de sua segurança e de alcançar os objetivos da ofensiva na Ucrânia", completou.

O presidente ucraniano, que está nos Estados Unidos desde domingo, também pretende apresentar na quinta-feira, em Washington, ao homólogo americano, Joe Biden, e ao Congresso os detalhes de um "plano de vitória" que, segundo ele, pretende acabar com a invasão russa do seu país, iniciada em fevereiro de 2022.

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