O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, discursará na próxima semana no Conselho da Europa, em sua primeira intervenção pública desde que saiu da prisão em junho, informou sua organização nesta quarta-feira (25).
Em 1º de outubro, Assange, de 53 anos, deve comparecer a Estrasburgo, no leste da França, "para discursar na Comissão de Assuntos Jurídicos e Direitos Humanos da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa".
O comparecimento ocorrerá após a publicação de um relatório da mesma Assembleia sobre "as implicações de sua prisão e seus efeitos mais amplos sobre os direitos humanos, em particular a liberdade do jornalismo", disse o WikiLeaks no X.
Em um comunicado, o Conselho da Europa, uma organização de 46 países dedicada a promover os direitos humanos nesse continente, confirmou a viagem de Assange para uma audiência centrada em "sua prisão e condenação e seu espantoso efeito sobre os direitos humanos".
O australiano, preso em 2019 na Inglaterra, foi libertado em junho. Ele passou anos lutando contra um processo de extradição para os Estados Unidos pela publicação em 2010 de milhares de documentos confidenciais do país.
Seus partidários o veem como um defensor da liberdade de expressão e do jornalismo, mas seus críticos argumentam que a publicação de documentos sensíveis sem censura colocou em risco a vida de diversas pessoas e prejudicou a segurança dos Estados Unidos.
Desde sua libertação, Assange não falou publicamente sobre os 12 anos que passou detido, primeiro na embaixada equatoriana em Londres para evitar sua prisão e depois na prisão de Belmarsh do Reino Unido.
Em junho, ele foi libertado em virtude de um acordo com a Justiça dos Estados Unidos, pela qual foi declarado culpado de obter e divulgar informações sobre a defesa nacional.
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