Os corpos de treze migrantes que acredita-se serem originários da África Subsaariana foram encontrados na costa leste da Tunísia, anunciou um funcionário judicial à AFP nesta quarta-feira (25).
Eles foram encontrados por uma unidade da Guarda Costeira perto das cidades de Chebba e Salakta, segundo Farid Ben Jha, porta-voz do Ministério Público de Mahdia e Monastir (leste), que especificou que todas as vítimas são homens.
A Justiça abriu uma investigação para determinar em que circunstâncias se afogaram, disse o porta-voz, sem dar mais detalhes.
A Tunísia é, juntamente com a Líbia, um dos principais pontos de partida no norte da África para os migrantes que arriscam suas vidas na perigosa travessia do Mediterrâneo na esperança de chegar à Europa.
Todos os anos, dezenas de milhares de migrantes, a maioria da África Subsaariana que fogem da pobreza e dos conflitos, especialmente do Sudão ou do Mali, tentam chegar à costa italiana.
Mais de 1.300 migrantes morreram ou foram considerados desaparecidos em naufrágios perto da costa tunisina no ano passado, segundo a ONG Fórum Tunisino para os Direitos Econômicos e Sociais.
Nos últimos dez anos, um total de 30.309 migrantes morreram no Mediterrâneo, dos quais 3.155 em 2023, um dos anos mais mortais, e 1.405 desde o início de 2024, segundo os últimos números da Organização Internacional para as Migrações.
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