O papa Francisco, de 87 anos, desembarcou nesta quinta-feira (26) em Luxemburgo, visivelmente cansado, para uma visita de quatro dias que também incluirá uma etapa na Bélgica, uma viagem em que seu estado de saúde será examinado de perto.
O pontífice, que se desloca em uma cadeira de rodas ou com a ajuda de bengala devido às dores nos joelhos, enfrentou vários problemas de saúde nos últimos meses.
Apesar das dificuldades, Francisco visitou quatro países do sudeste da Ásia e da Oceania no início de setembro, uma longa viagem de 33.000 quilômetros.
O papa desembarcou no aeroporto Findel de Luxemburgo, onde foi recebido pelo grão-duque Henri, pela grão-duquesa María Teresa e pelo primeiro-ministro Luc Frieden.
Francisco não cumprimentou os jornalistas um por um a bordo do avião, como é tradicional. "Não me sinto" (capaz), explicou, com um aspecto cansado. O jesuíta argentino sofreu uma gripe no início da semana.
Em um cenário internacional muito tenso, o papa discursará para "o coração da Europa" e falará "sobre o papel que deseja desempenhar no mundo em um futuro próximo" para o acolhimento e a solidariedade entre as nações, segundo o diretor da secretaria de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
Na quarta-feira, o pontífice chamou de "inaceitável" a "terrível escalada" no Líbano e pediu à comunidade internacional que faça o possível para acabar com a crise.
Esta é a primeira visita papal a Luxemburgo desde 1985, quando João Paulo II celebrou uma missa na capital do país para 60.000 fiéis, a maior da história da nação.
Desde então, a população do pequeno Grão-Ducado dobrou, em particular devido à atração provocada por seu centro financeiro. Situado entre Bélgica, a Alemanha e França, o Luxemburgo tem 654 mil habitantes, dos quais 41% são católicos, segundo o Vaticano.
Segundo a Santa Sé, a paz será um dos principais temas dos sete discursos que Francisco pronunciará durante a viagem.
Uma palavra "em memória daquelas terras que desejaram com força e trabalharam para criar as condições de paz após o sofrimento padecido durante a guerra, justamente quando o continente corre o risco de ser arrastado novamente ao conflito", acrescentou o porta-voz Bruni.
Ele também informou que, durante a viagem de quatro dias, o papa terá vários encontros com autoridades da UE e de instituições relacionadas ao bloco.
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