O presidente do Quênia, William Ruto, garantiu nesta quinta-feira (26) perante a ONU que o seu país concluirá até janeiro o destacamento completo da missão multinacional de segurança no Haiti, um país assolado pela violência de gangues criminosas.
"O Quênia, assim como outros países do Caribe e da África, está pronto para a mobilização, mas enfrentamos dificuldades devido à falta de equipamento, logística e fundos", disse Ruto ao apelar à Assembleia Geral que "todos os Estados-membros demonstrem a sua solidariedade com o povo haitiano, fornecendo o apoio necessário".
"Devo enfatizar, no entanto, que o Quênia irá mobilizar os contingentes que faltam para atingir 2.500 agentes policiais em janeiro do próximo ano", acrescentou.
Em outubro de 2023, o Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio da missão multinacional de apoio ao Haiti, liderada pelo Quênia, para ajudar a polícia do país a enfrentar as gangues, que o dominaram.
A missão no Haiti conta até agora com cerca de 400 soldados quenianos, aos quais se juntam outros 20 agentes da Jamaica e de Belize.
Na quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram uma nova ajuda de 160 milhões de dólares (875 milhões de reais) ao país caribenho.
O Haiti enfrenta uma crise humanitária complexa, que se agravou em fevereiro, quando várias gangues uniram forças para derrubar o governo do impopular primeiro-ministro Ariel Henry.
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