A jornalista brasileira Nathalia Urban, de 36 anos, morreu nessa quarta-feira (25/9) em Edimburgo, na Escócia. Ela tinha retornado de uma viagem à Tunísia.  

 



 

Urban era natural de Santos, no litoral de São Paulo, e trabalhava como correspondente do portal "Brasil 247", que confirmou a morte. A jornalista foi responsável pela criação do programa Veias Abertas, exibido na TV 247, que tratava sobre a luta dos povos latino-americanos.  

 

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Em post feito no Instagram, o veículo em que trabalhava publicou: “Infelizmente, nossa colega Nathalia não resistiu e os aparelhos serão desligados. Em um último gesto de humanidade, os órgãos serão doados. Nathalia lutou pela liberdade de todos os povos. Estamos em luto e consternados. Oremos para que ela tenha uma boa passagem. Nathalia Urban sempre presente”.

 

 

Anteriormente, o Brasil 247 havia pedido orações pela jornalista, que sofreu um acidente, em Edimburgo, ainda não explicado pelas autoridades. A publicação dizia: “Em nome de toda a comunidade da TV 247, pedimos uma corrente de orações por nossa colega Nathalia Urban. Ela está internada, em Edimburgo, na Escócia, após sofrer um acidente ainda não esclarecido pelas autoridades locais. O consulado brasileiro em Edimburgo está atuando no caso e em contato com seus familiares. Assim que possível, traremos mais informações. Agradecemos pelas orações. Lutadora pela liberdade de todos os povos, Nathalia deixa um exemplo de humanidade e compromisso com o jornalismo”.

 

Amigo de Nathalia publicou sobre o ocorrido

 

Thiago Ávila, ativista internacionalista, lamentou a morte da jornalista por meio de sua conta no Instagram. Confira o que ele escreveu: 

 

 

“Primeiro a gente perde o chão. Não existe paz nem conforto imediato na ideia da partida. Só dor e tristeza. Tudo que não foi vivido, todas as conversas não feitas, todas as alegrias adiadas, todo carinho anestesiado pela correria e bagunça da vida. O mundo parece mais duro e triste quando perdemos alguém que a gente ama para partilhar dessa caminhada. A dor da perda também tem a ver com o quanto aquela pessoa era importante para as pessoas mais próximas, para a comunidade, para o mundo. É uma conta que não fecha: um desperdício doloroso de energia que semeava coisas boas por onde passava.


Cada pessoa se segura espiritualmente no que acredita: que a pessoa foi para um lugar melhor, que virou uma estrela, que voltará, que está entre nós iluminando caminhos, que se tornou formas diferentes de energia, ou pelo menos que deixou seu exemplo como inspiração para a gente e para a história da humanidade. São cosmovisões que nos ajudam a ter paz em momentos assim, mas não bastam para neutralizar a dor da passagem, pois isso demanda tempo.


E, ainda, na missão de ressignificar a morte, a gente precisa falar da vida. Da necessidade imperativa de dar todo o valor para ela. De nunca menosprezar a imensa dádiva que é estarmos aqui, juntos, com todos os desafios e missões característicos desse tempo e espaço. E que a melhor forma de honrar aquela pessoa que fez a passagem é viver a vida mais extraordinária que a gente puder, se realizando e realizando os sonhos em comum que vocês partilharam pelo tempo que a vida permitiu.


Assim, depois do choque a gente vai se adaptando à nova realidade, a dor vai se tornando coragem e até a ausência vai se tornando uma outra forma de presença, diferente, agora como inspiração e aconselhamento através do exemplo que nos ajuda a seguir adiante”.

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