Os preços do petróleo subiram ao final desta sexta-feira (27), impulsionados por um ataque israelense contra a sede do movimento pró-iraniano Hezbollah no Líbano.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em novembro subiu 0,53%, sendo negociado a 71,98 dólares.

Enquanto isso, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para a mesma data subiu 0,75%, a 68,18 dólares.

Israel anunciou nesta sexta-feira que bombardeou o "quartel-general" do Hezbollah em um subúrbio ao sul de Beirute.

O ataque derrubou seis edifícios, mas, segundo uma fonte próxima ao movimento islamista libanês, o chefe do grupo, Hassan Nasrallah, escapou com vida.

A embaixada do Irã no Líbano considerou que a operação constitui uma "escalada perigosa" que "muda as regras do jogo".

"Toda vez que um evento assim ocorre, o prêmio de risco [geopolítico sobre os preços] aumenta", comentou Bart Melek, da TD Securities.

No entanto, além dessa reação imediata, "não espero que isso tenha um efeito maior (...) a menos que o Irã se envolva", acrescentou o analista.

Nesta semana, na Assembleia Geral da ONU em Nova York, o presidente iraniano, Massud Pezeshkian, fez um discurso moderado.

"Mesmo se o Irã atacasse Israel, isso abriria espaço para que Rússia e Arábia Saudita aumentassem sua produção" de petróleo, prevê Eli Rubin, do EBW Analytics Group. "Muitos produtores estão prontos para assumir o controle, por isso não vemos os preços dispararem".

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