O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, advertiu os países europeus a não buscarem o confronto com Moscou, pois isso seria uma “saída suicida” em meio à escalada da guerra de Moscou com a Ucrânia.

Lavrov, que falou no lugar do presidente russo Vladimir Putin, que, como nos anos anteriores, não compareceu à Assembleia Geral da ONU, também alertou em seu discurso contra a ideia de “arrastar [a Ucrânia] para a Otan”.

O Ocidente “espera derrotar a Rússia usando o regime neonazista ilegítimo de Kiev, mas já está preparando a Europa para embarcar também nessa aventura suicida”, disse Lavrov.

“Não vou falar aqui sobre a insensatez e o perigo da própria ideia de tentar lutar pela vitória com uma potência nuclear”, disse ele.

Lavrov disse que as “violações flagrantes” dos direitos dos russos e daqueles que “sentem que fazem parte da cultura russa... trazem consigo ameaças à segurança da Rússia e de toda a Europa por parte do regime de Kiev e daqueles que a estão arrastando para a Otan”.

Antes dos comentários de Lavrov, as autoridades ucranianas haviam relatado a morte de nove pessoas em um bombardeio russo contra um hospital na cidade de Sumy, na fronteira com a Ucrânia.

“A Rússia atingiu um dos hospitais da cidade com drones Shahed”, escreveu o presidente ucraniano Volodimir Zelensky na rede social Telegram, enquanto as autoridades regionais disseram que o número de mortos subiu para nove, além de 12 feridos.

O ataque ocorre no momento em que o presidente ucraniano pressiona os aliados ocidentais de Kiev a permitir o uso de armas de precisão de longo alcance para atacar dentro da Rússia.

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