Os Estados Unidos fornecerão 148 milhões de dólares (R$ 806,2 milhões) para operações de segurança na África Subsaariana e na Ásia Central, a fim de manter a pressão na luta contra o jihadismo, anunciou nesta segunda-feira (30) o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.

Os EUA também investirão 168 milhões de dólares (R$ 916 milhões) em um fundo de estabilização no Iraque e na Síria, acrescentou durante o início de uma reunião em Washington com os países membros da coalizão contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Devemos reforçar nossa cooperação contra as ramificações do EI fora do Oriente Médio", pois "eles estão ganhando terreno, agravando a ameaça já presente de grupos militantes existentes", afirmou.

"O Oriente Médio atravessa um período de grande volatilidade", destacou, referindo-se aos ataques israelenses contra o Hezbollah, um movimento xiita pró-Irã no Líbano.

"É mais importante do que nunca intensificar nossos esforços para fortalecer a segurança e a estabilidade, especialmente no Iraque e na Síria, e evitar que extremistas como o EI se beneficiem do conflito na região".

Os Estados Unidos e o Iraque anunciaram na sexta-feira que a missão da coalizão internacional contra o grupo EI liderada por Washington terminará em setembro de 2025.

A coalizão internacional, no entanto, continuará suas operações na Síria, precisou Blinken.

O Exército americano matou recentemente 37 "terroristas", incluindo membros do Hurras al Din, grupo vinculado ao EI e à Al-Qaeda, em dois ataques na Síria, segundo o comando militar para o Oriente Médio (Centcom).

O Iraque proclamou sua "vitória" contra o EI no final de 2017, mas células jihadistas continuam ativas no país, especialmente em áreas rurais e longe das grandes cidades.

O EI tomou vastas áreas da Síria e do Iraque a partir de 2014, impondo um regime de terror antes de ser derrotado em 2019 por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos e apoiada pelas forças curdas sírias.

Os Estados Unidos contam com aproximadamente 2.500 militares no Iraque e cerca de 900 na Síria.

A reunião desta segunda-feira também tem como objetivo abordar o tema da repatriação das famílias de jihadistas que vivem em campos de detenção na Síria.

Segundo Blinken, "mais de 43.000 pessoas deslocadas de mais de 60 países residem no nordeste da Síria; a maioria são crianças que nunca conheceram outro lar".

Ele também lembrou que "aproximadamente 9.000 combatentes estão detidos em centros de detenção no nordeste da Síria".

Vários países ocidentais se opõem à repatriação de familiares de jihadistas.

lb/ev/erl/nn/jb/aa

compartilhe