As Nações Unidas se opõem a qualquer tipo de invasão terrestre no Líbano, insistiu, nesta segunda-feira (30), o secretário-geral da organização, António Guterres, enquanto Israel prossegue com os bombardeios contra este país.

"Não queremos presenciar nenhum tipo de invasão terrestre", declarou Stephane Dujarric, porta-voz de Guterres que, por sua vez, assinalou que os capacetes azuis no Líbano tiveram que suspender suas patrulhas devido à "intensidade" dos combates.

Perguntado sobre a possibilidade de que os capacetes azuis sejam evacuados em caso de uma nova escalada, o porta-voz se negou a "especular", embora tenha afirmado que há um "plano de emergência" caso seja necessário.

"Observamos a situação hora a hora", disse, ao informar que alguns membros do pessoal civil da missão de manutenção da paz da ONU no Líbano tinham sido deslocados para o norte.

Com cerca de 10.000 integrantes, a missão da ONU está no sul do Líbano desde 1978 como uma contenção frente a Israel. Seu papel foi reforçado depois do conflito de 33 dias, que confrontou Israel com o movimento Hezbollah em 2006.

Sua tarefa é vigiar a aplicação da resolução 1701 do Conselho de Segurança, que estabeleceu que apenas o Exército libanês e os capacetes azuis sejam deslocados no sul do Líbano.

Os capacetes azuis patrulham ao longo da linha azul, separação marcada pela ONU entre Líbano e Israel.

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