O lançamento de mísseis iranianos contra Israel nesta terça-feira (1º) foi amplamente condenado pela comunidade internacional, mas exaltado como um ataque "heroico" pelo movimento islamista palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

- ONU

"Condeno a extensão do conflito no Oriente Médio", declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres. "Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo", acrescentou, lamentando que haja "escalada após escalada".

- Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou nesta terça-feira que os EUA "apoiam totalmente" Israel após os ataques do Irã, que, segundo ele, se revelaram "ineficazes".

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, considerou o ataque "totalmente inaceitável" e acrescentou que "todos devem condená-lo".

Por sua vez, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que "o ataque deve ter consequências para o Irã".

- UE 

A União Europeia (UE) "condena nos termos mais enérgicos" o ataque do Irã contra Israel, declarou nesta terça-feira o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

"O perigoso ciclo de ataques e represálias corre o risco de se descontrolar. É necessário um cessar-fogo imediato em toda a região", escreveu na rede social X.

- Espanha

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, condenou o ataque do Irã contra Israel e pediu que "a espiral de violência" na região tenha fim.

Por sua vez, o chanceler José Manuel Albares disse à rádio Cadena Ser que seu país fazia "um novo apelo a todos os atores, claro, incluindo Israel, à contenção, à não escalada, à responsabilidade".

- Chile

Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores chileno manifestou "sua enérgica condenação pela grave escalada do conflito no Oriente Médio e pelo ataque indiscriminado com mísseis do Irã contra Israel" e destacou que "o Chile rejeita o uso da força por qualquer ator e reitera seu chamado a um cessar-fogo urgente, ao respeito ao direito internacional e ao direito internacional humanitário".

- Alemanha

Berlim instou o Irã a pôr fim aos seus disparos de mísseis e afirmou temer uma escalada.

"Condeno nos termos mais enérgicos o ataque em curso", escreveu na rede social X a chanceler Annalena Baerbock, que acrescentou: "O Irã deve cessar seu ataque imediatamente", pois "está arrastando a região um pouco mais em direção ao abismo".

- Rússia

A Rússia afirmou nesta terça-feira que a situação no Oriente Médio evidencia "o fracasso total" da política americana na região e a "impotência" de Washington para evitar uma escalada.

"Trata-se do fracasso total da administração [do presidente Joe] Biden no Oriente Médio. Uma tragédia sangrenta que não faz mais que piorar. As declarações inarticuladas da Casa Branca demonstram sua total impotência para resolver as crises", indicou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.

- França

O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, expressou preocupação com a "escalada" no Oriente Médio e com o "conflito direto que parece ter começado" entre Irã e Israel, considerando a situação "extremamente grave".

- Reino Unido

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, condenou "com a maior firmeza" o ataque do Irã e reiterou "o firme compromisso" do Reino Unido "em favor da sociedade de Israel".

O líder trabalhista "sublinhou a importância de um cessar-fogo no Líbano" e pediu novamente um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns israelenses mantidos em cativeiro pelo Hamas, segundo um comunicado de Downing Street.

- Canadá

A chanceler canadense, Mélanie Joly, "condenou inequivocamente" os disparos de mísseis e afirmou que estes apenas "servirão para desestabilizar ainda mais a região", ao mesmo tempo em que exigiu um "cessar-fogo".

- Hamas

O movimento islamista palestino Hamas comemorou o ataque iraniano e assegurou que se trata de uma "vingança" pelos assassinatos de seu ex-chefe, Ismail Haniyeh, e do líder do libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah.

"O movimento de resistência islâmica abençoa os heroicos lançamentos de mísseis realizados pela Guarda Revolucionário do Irã contra amplas áreas de nossas terras ocupadas", afirmou o grupo palestino em um comunicado. O ataque foi lançado "em vingança pelo sangue de nossos heroicos mártires", acrescentou.

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