Os Estados Unidos advertiram, nesta terça-feira (1º), que o ataque com mísseis contra Israel terá "consequências", sobre as quais começou a conversar com o país aliado.

“Os Estados Unidos apoiam totalmente Israel", ressaltou o presidente Joe Biden, acrescentando que há conversas em andamento sobre uma resposta. Ele considerou o ataque do Irã “ineficaz”, e ressaltou que a agressão foi interrompida pelas forças israelenses, com o apoio dos Estados Unidos.

“É totalmente inaceitável, e o mundo tem que condená-lo", disse o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.

O Irã disparou hoje o dobro de mísseis do ataque anterior, em abril, anunciou o Departamento de Defesa americano. Segundo Blinken, foram disparados cerca de 200 mísseis balísticos.

O ataque iraniano ocorreu no mesmo dia em que Israel anunciou operações militares terrestres contra o Hezbollah, aliado do Irã, no sul do Líbano, após uma semana de intensos bombardeios contra o movimento islamista libanês, que deixaram centenas de mortos em todo o país.

Os Estados Unidos afirmam não terem registro de “mortos em Israel”, e tentam colher informações sobre a morte de um civil palestino na Cisjordânia ocupada. “É uma escalada significativa”, observou o assessor de segurança nacional, Jake Sullivan.

Segundo a Casa Branca, Biden havia dado uma ordem ao Exército para "ajudar Israel a se defender” e “derrubar os mísseis" que miram naquele país.

Biden e a vice-presidente americana, Kamala Harris, candidata nas eleições presidenciais de novembro, monitoram o ataque na sala de crise da Casa Branca.

"Certamente deve haver consequências para o Irã por esse ataque", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. "Não vou entrar em quais são estas consequências hoje, mas há coisas que vamos coordenar com nossos colegas israelenses".

Miller ressaltou que o Irã não informou os Estados Unidos sobre o ataque, mas que soube que mísseis balísticos seriam lançados contra Israel.

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