O ativista palestino pelos direitos humanos Issa Amro foi premiado nesta quinta-feira (3) com o prêmio Right Livelihood, considerado um Prêmio Nobel alternativo, por sua resistência pacífica à ocupação israelense na Cisjordânia, considerada ilegal pela ONU. 

A fundação sueca também premiou Joan Carling, defensora filipina dos direitos dos indígenas, Anabela Lemos, ativista ambiental em Moçambique e o laboratório de pesquisa Forensic Architecture por seu trabalho sobre as violações de direitos humanos em todo o mundo. 

Os quatro premiados demonstraram "um compromisso inabalável para se pronunciar contra as forças da opressão e a exploração, aderindo estritamente a métodos não violentos", explicou a fundação em um comunicado. 

Issa Amro nasceu em 13 de abril de 1980 em Hebron, dedicou sua vida à luta contra a ocupação de Israel na Cisjordânia, considerada ilegal segundo o direito internacional pela ONU. 

"É um milagre que siga vivo", declarou o palestino, preso diversas vezes e torturado tanto pela Autoridade Palestina como por Israel, segundo a Right Livelihood. 

A fundação premiou Joan Carling por ter defendido durante trinta anos os direitos das comunidades indígenas e a ecologista Anabela Lemos, diretora da ONG Justiça Ambiental (JA!), por sua luta contra os projetos de extração e liquefação de gás natural  em Moçambique. 

Forensic Architecture, um laboratório de pesquisa com sede em Londres conhecido por sua modelagem em 3D de zonas de conflito, foi premiado por suas descobertas realizadas mediante "técnicas de investigação de vanguarda" de violações dos direitos humanos em todo o mundo, entre eles na Ucrânia. 

O prêmio Right Livelihood foi criado em 1980 pelo sueco-alemão Jakob von Uexhull depois que a Fundação Nobel rejeitou sua proposta de criar dois novos prêmios para o meio ambiente e o desenvolvimento. 

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