O candidato opositor nas últimas eleições venezuelanas, Edmundo González Urrutia, afirmou, nesta sexta-feira (4), na Espanha, onde está exilado, que foi embora da Venezuela após sofrer ameaças "à parte mais próxima da minha vida familiar". 

"Minha saída do país é apenas temporária. Mas não por isso deixei de me ver obrigado a me distanciar da Venezuela por causa de pressões inenarráveis e ameaças extremas que tocavam até mesmo a parte mais próxima da minha vida familiar", disse em um discurso no Fórum de La Toja, que reúne figuras políticas e econômicas de quinta-feira a sábado no noroeste da Espanha. 

Candidato nas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais a oposição denunciou que se cometeu uma fraude para dar como vencedor o presidente Nicolás Maduro, González Urrutia chegou à Espanha em 8 de setembro para pedir asilo, depois que pesou sobre ele uma ordem de prisão. 

Desde então, "meus compatriotas sofrem com experiências terríveis", afirmou.

"O mundo conhece e reconhece as atas [eleitorais] originais, porque mostramos de maneira transparente", no entanto, explicou, "a resposta por parte do regime foi deixar nesse longo lapso de tempo (...) um alarmante balanço de mortos, perseguidos, presos políticos". 

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