A Espanha oferecerá nacionalidade aos 135 opositores que deixaram de ser cidadãos nicaraguenses por decisão de Manágua e foram expulsos no início de setembro, anunciou o ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel Albares, nesta sexta-feira (4).
"Ampliamos" a oferta da cidadania espanhola "aos 135 prisioneiros políticos que foram expulsos e desnacionalizados no dia 5 de setembro" pelo regime do presidente Daniel Ortega, disse Albares em uma sessão perante a Comissão de Assuntos Exteriores do Congresso dos Deputados.
A Espanha já havia oferecido nacionalidade aos mais de 300 opositores que perderam a condição de nicaraguenses em fevereiro de 2023, entre os quais estavam os escritores Sergio Ramírez e Gioconda Belli, que já são cidadãos espanhóis.
Um tribunal de Manágua ordenou, no início de setembro, a "perda da nacionalidade nicaraguense de 135 pessoas, condenadas por atos criminosos que atentaram contra a soberania, independência e autodeterminação do povo nicaraguense" e "determinou o confisco de todos os bens dos condenados".
Os opositores foram inicialmente enviados para a Guatemala, em uma operação mediada pelos Estados Unidos.
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