Um tribunal russo condenou, nesta segunda-feira (7), a quase sete anos de prisão um americano de 72 anos, acusado de ser mercenário para a Ucrânia no conflito armado. 

A corte de Moscou condenou o acusado, que a imprensa identificou como Stephen Hubbard, do estado do Michigan, a seis anos e 10 meses de prisão, após um julgamento realizado majoritariamente a portas fechadas. 

Hubbard estava preso desde 2 de abril de 2022, pouco depois do início da ofensiva russa na Ucrânia, mas seu caso só se tornou público em 27 de setembro deste ano, quando começou seu julgamento em Moscou. 

O americano parecia não estar bem de saúde, andando devagar e arrastando os pés em uma audiência realizada na semana passada. 

Os promotores afirmam que Hubbard cobrou pelo menos 1.000 dólares (5.500 reais) por se unir a uma unidade de defesa territorial ucraniana. 

Também nesta segunda-feira, uma corte da cidade de Voronezh, no oeste da Rússia, condenou outro americano, Robert Gilman, de 30 anos, a sete anos e um mês em uma colônia penitenciária, por atos de violência. 

Segundo o Ministério Público, Gilman, que já cumpria uma pena de três anos e meio de prisão, utilizou de "violência física" contra um guarda e um investigador. 

Vários ocidentais, em particular americanos, estão presos na Rússia. 

Washington denuncia uma política de tomada de reféns destinada a obter a libertação de agentes russos presos no exterior. 

Em 1º de agosto, a Rússia e vários países ocidentais realizaram a maior troca de prisioneiros desde o final da Guerra Fria, entre eles o jornalista americano Evan Gershkovich e o ex-fuzileiro Paul Whelan, libertados por Moscou em troca de agentes russos. 

No final de 2022, Moscou libertou a jogadora de basquete americana Brittney Griner, que havia sido presa em solo russo por possuir uma pequena quantidade de maconha, em troca do traficante de armas russo Viktor Bout, preso nos Estados Unidos. 

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