O governo do Reino Unido insistiu nesta segunda-feira (7), por meio de um porta-voz, que a soberania das ilhas Malvinas e de Gibraltar "não é negociável", depois de anunciar a devolução de um arquipélago africano no oceano Índico às ilhas Maurício.

Na quinta-feira passada, o Reino Unido anunciou a entrega do arquipélago de Chagos, formado por 55 ilhotas, a sudeste do continente africano, à República de Maurício, embora tenha acrescentado que manteria a base militar conjunta com os Estados Unidos na ilha de Diego Garcia. 

Após o anúncio, a ministra argentina das Relações Exteriores, Diana Mondino, reagiu na quinta-feira nas redes sociais exigindo a entrega das ilhas Malvinas ao seu país. 

"Comemoramos este passo na direção certa e o fim de práticas ultrapassadas", disse Mondino no X e no Instagram.

"Seguindo o caminho iniciado, com ações concretas e não com retórica vazia, vamos recuperar a plena soberania das nossas ilhas Malvinas. As Malvinas foram, são e sempre serão argentinas", acrescentou a chanceler. 

Questionado nesta segunda-feira sobre os comentários de Mondino, um porta-voz oficial do primeiro-ministro trabalhista britânico, Keir Starmer, afirmou que a devolução do arquipélago de Chagos às ilhas Maurício "não tem nenhuma relação com outros territórios ultramarinos".

O porta-voz acrescentou que o acordo com Maurício não deve ser visto como um precedente para outras disputas e que o governo britânico considera que, no caso de Chagos, trata-se de "uma situação única baseada na sua história e circunstâncias únicas".

"A soberania britânica das Falklands (Malvinas) ou de Gibraltar não é negociável", enfatizou o porta-voz, referindo-se também ao enclave britânico no sul da península ibérica, reivindicado pela Espanha.

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