A sonda Hera, que estudará o asteroide Dimorphos, decolou nesta segunda-feira (7) de Cabo Canaveral (Flórida) a bordo de um lançador SpaceX Falcon 9, conforme informado ao vivo pela Agência Espacial Europeia (ESA).
A missão planeja chegar no final de 2026 perto deste asteroide, contra o qual uma nave da Nasa colidiu há dois anos para desviar a sua trajetória em um teste de "defesa planetária" sem precedentes.
Colocada em um foguete Falcon 9, a sonda da ESA decolou às 10h52 locais (11h52 no horário de Brasília), apesar das condições climáticas adversas provocadas pelo furacão Milton, que se aproxima da costa da Flórida, no sudeste dos Estados Unidos.
O asteroide Dimorphos, que estava a cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra quando ocorreu o impacto, media cerca de 160 metros de diâmetro e não representava nenhum perigo para o nosso planeta.
Ao colidir com ele, o aparelho da Nasa – do tamanho de uma grande geladeira – conseguiu deslocá-lo, reduzindo sua órbita em 33 minutos.
No entanto, não se sabe quais os efeitos que o impacto teve no pequeno asteroide, nem qual era a sua estrutura interna antes da queda.
Estima-se que um objeto de um quilômetro, que pode desencadear uma catástrofe global como a extinção dos dinossauros, colida com a Terra a cada 500 mil anos, e um asteroide de 140 metros - que é o limiar de uma catástrofe regional - a cada 20 mil anos.
Desses objetos próximos da Terra, a maioria dos quais vem do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, sabe-se que praticamente todos eles têm um quilômetro de comprimento e nenhum ameaça a Terra no próximo século.
Também não foi relatada nenhuma ameaça direta daqueles com 140 metros, mas apenas 40% deste tipo foram identificados.
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