Quatro passageiras, incluindo uma criança, foram forçadas a desembarcar de um avião porque duas delas estavam usando croppeds. O momento foi registrado em vídeo por uma das mulheres, chamada Teresa, que disse ter sofrido machismo por parte do comissário de bordo. Elas viajariam de Nova Orleans para Los Angeles, nos Estados Unidos.
"Oi, amigos! Este não é normalmente o tipo de postagem que compartilho aqui, mas queria compartilhar minha história porque ainda estou em choque", escreveu ela. "Minha amiga e eu tivemos uma experiência terrível na sexta-feira no voo 387 de Lax para Nova Orleans com a @spiritairlines. Fomos assediados por um comissário de bordo que nos disse para 'nos cobrirmos' porque estávamos usando tops curtos”, afirmou no vídeo publicado no último domingo (6/10).
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A postagem mostra Teresa e uma amiga sentadas lado a lado. A TikToker usa um cropped branco de alças finas com um suéter listrado verde e branco colocado sobre o peito. Elas afirmam que vestiam os suéteres na hora do embarque, mas que retiraram o casaco no avião, porque estavam com calor.
De acordo com Teresa, todos, "incluindo a equipe de voo", concordaram que os croppeds dela e de sua amiga não eram "contra seu código de vestimenta", apesar da reclamação do comissário de bordo. "Ele então continuou a nos tratar mal e não nos deu nenhuma justificativa sobre o motivo de querer nos expulsar. Outros passageiros se juntaram e tentaram nos defender, mas no final uma supervisora gostou de nós e disse que ou sairíamos do voo ou ela chamaria a polícia”, relatou.
Nos vídeos dentro da aeronave, é possível ver membros da tripulação da Spirit Airlines pedindo aos passageiros que parassem de gravar a discussão. Antes de saírem do avião, a supervisora teria prometido que remarcaria as passagens das mulheres. No entanto, Teresa afirma que a mulher disse que não havia voos e se recusou a dar um reembolso assim que as mulheres saíram do avião.
Teresa e a amiga estavam acompanhadas por outra amiga, que estava com um bebê. Segundo a jovem, os acompanhantes também foram expulsos, mas não deu detalhes do ocorrido. "Vocês vão nos tirar do avião? Até meu bebê?", perguntou a mãe em um momento do vídeo.
"Este é um serviço terrível, que em 2024 estamos sendo expulsos de um avião por UM comissário de bordo HOMEM não gostar de nossas blusas. Todos que trabalham no aeroporto concordaram que isso foi um ato de preconceito, discriminação e misógino e que deveríamos tomar medidas legais. Falamos com a polícia, que disse o mesmo. Nos recusaram seus nomes completos, um reembolso, voos remarcados ou qualquer coisa, tudo por causa de um comissário de bordo machista e rude”, escreveu na legenda.
Teresa também contou que teve que gastar US$ 1.000 para remarcar outro voo em outra companhia aérea. Em outro momento publicado por Teresa, é possível ver uma mulher narrando que o comissário de bordo ameaçou parar o avião a menos que as passageiras colocassem o suéter.
“Há também outra mulher ao lado dela com uma criança pequena, parece que ela, a criança, tem menos de três anos, e ela também será retirada do avião”, disse a mulher, virando a câmera para mostrar a mãe em uma blusa cinza.
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Teresa concluiu sua postagem no Instagram com uma série de capturas de tela, que incluíam mensagens de supostos passageiros que estavam no avião com ela. Ambas as mensagens pareciam indicar que cada passageiro achava que o comissário de bordo estava errado por forçá-los a sair do avião.
Em comunicado enviado à imprensa, a companhia aérea alegou que os passageiros devem cumprir um “código de vestimenta”. “Nosso Contrato de Transporte, um documento com o qual todos os passageiros concordam ao fazer uma reserva conosco, inclui certos padrões de vestimenta para todos os passageiros que viajam conosco. Estamos investigando o assunto e estamos em contato com os passageiros sobre sua experiência.”
A Spirit Airlines afirmou, ainda, que qualquer passageiro pode ser forçado a deixar a aeronave se o referido viajante estiver “vestido inadequadamente, ou cujas roupas sejam lascivas, obscenas ou ofensivas por natureza”.