A polícia israelense matou pelo menos quatro palestinos nesta quarta-feira (9), durante uma operação na cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada, informou o Ministério palestino da Saúde, enquanto Israel reportou a morte de cinco "terroristas".

"Quatro mártires foram abatidos pelo ocupante em Nablus" e "foram trasladados ao hospital governamental Rafidia", afirmou o ministério palestino, precisando que as vítimas eram homens entre 31 e 43 anos.

O Crescente Vermelho palestino também informou a morte de quatro pessoas.

Por outro lado, o exército e o Shin Bet, os serviços de segurança interna de Israel, indicaram em um comunicado conjunto que oficiais de uma unidade de elite da polícia "mataram cinco terroristas procurados em Nablus".

"Os terroristas eliminados estavam envolvidos no planejamento e na execução de atividades terroristas contra civis e forças do exército", afirmaram os dois corpos de segurança.

Entre os mortos está o chefe da brigada dos Mártires de Al Aqsa no campo de refugiados de Balata, adjacente a Nablus, segundo o comunicado.

As brigadas dos Mártires de Al Aqsa são o braço armado do Fatah, o partido do presidente palestino Mahmud Abás.

Segundo o governador de Nablus, Ghasan Daghlas, que reportou "quatro mártires", as vítimas eram "cidadãos comuns". "Eles foram mortos a sangue frio", disse à AFP, denunciando um "assassinato covarde e deliberado".

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre o Exército israelense e o movimento palestino Hamas, a violência entre palestinos e o exército e colonos israelenses se intensificou na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.

Pelo menos 705 palestinos morreram neste território, segundo o Ministério da Saúde palestino, e pelo menos 24 israelenses, incluindo soldados, perderam a vida, segundo dados oficiais israelenses.

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