O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, foi recebido nesta sexta-feira(11) pelo papa Francisco no Vaticano, no âmbito da sua breve visita a várias capitais da Europa Ocidental, onde espera obter mais apoio contra a invasão russa.
É a segunda audiência privada que Zelensky teve no Vaticano com o papa, depois da realizada em maio de 2023, que durou 40 minutos.
Segundo a agenda oficial de Francisco, não está prevista nenhuma declaração à imprensa após a reunião.
Zelensky também deve encontrar uma delegação diplomática da Santa Sé, liderada pelo cardeal italiano Pietro Parolin, secretário de Estado e número dois no Vaticano.
O último encontro entre os dois ocorreu em junho deste ano, durante a cúpula do G7, no sudeste da Itália. Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, Francisco multiplicou os apelos à paz, sem sucesso e com atritos ocasionais com Kiev.
Em março, Jorge Bergoglio desencadeou uma crise diplomática entre Kiev e o Vaticano ao apelar à Ucrânia para "levantar a bandeira branca e negociar".
- Giro por capitais europeias -
Zelensky percorre as capitais da Europa Ocidental para renovar o apoio ao seu país contra a invasão russa.
O presidente ucraniano afirmou que o objetivo não é falar sobre um eventual cessar-fogo com a Rússia, mas sim apresentar aos seus aliados o seu "plano de vitória", do qual não deu detalhes.
O objetivo é "criar as condições para um fim justo da guerra", declarou na quinta-feira, citado em um comunicado do seu gabinete. "A Ucrânia só pode negociar a partir de uma posição forte", acrescentou.
Na quinta-feira, o presidente reuniu-se em Londres com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, em Paris com o presidente francês Emmanuel Macron e em Roma com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.
Nesta sexta-feira, depois das reuniões no Vaticano, irá a Berlim para falar com o chanceler alemão, Olaf Scholz, cujo governo pretende reduzir à metade o montante atribuído à ajuda militar bilateral à Ucrânia em 2025.
O Exército ucraniano enfrenta dificuldades na frente oriental, onde o Exército russo não parou de avançar nos últimos meses.
Zelensky também está preocupado com as eleições presidenciais americanas em novembro.
Uma vitória do republicano Donald Trump contra a democrata Kamala Harris pode pôr em risco o apoio militar e financeiro que os Estados Unidos cede à Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
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