A polícia de Londres anunciou nesta sexta-feira (11) ter recebido 40 novas denúncias de estupro ou agressão sexual contra o falecido proprietário da loja de departamentos londrina Harrods, o egípcio Mohamed Al-Fayed, desde as revelações da BBC em 19 de setembro.
Estas 40 novas acusações somam-se às 21 recebidas antes da transmissão do documentário, disse a polícia.
Após as revelações da rede de televisão britânica, a polícia recebeu "40 novos depoimentos, abrangendo crimes como agressão sexual e estupro durante o período de 1979 a 2013", segundo o comunicado da instituição.
As denúncias serão "examinadas" para determinar se podem levar a processos contra outras pessoas além de Mohamed Al-Fayed, falecido em agosto de 2023 aos 94 anos, para quem, tendo morrido, não há possibilidade de ser alvo de nenhuma ação criminal, especificou a polícia.
Mohamed Al-Fayed era pai de Dodi, que foi companheiro da princesa Diana de Gales e que morreu com ela em um acidente de trânsito em Paris em 1997.
Mais de 200 mulheres, que acusam o bilionário egípcio de violência sexual, iniciaram negociações para um acordo com a Harrods, após as revelações da BBC, anunciaram os responsáveis da empresa na quinta-feira.
Al-Fayed tornou-se proprietário da Harrods em 1985 e do clube de futebol Fulham FC entre 1997 e 2013, período em que a equipe londrina foi finalista da Europe League, em 2010.
O bilionário egípcio vendeu a loja de departamentos em 2010 para o fundo Qatar Investment Authority por 1,5 bilhão de libras (cerca de US$ 2,2 bilhões ou R$ 12,2 bilhões, na cotação atual).
A BBC, que recolheu depoimentos de cerca de vinte mulheres para o seu documentário, anunciou na quinta-feira que foi contatada por outras 65 que acusam o magnata de estupro, assédio ou agressão sexual.
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