A Nicarágua anunciou, nesta sexta-feira (11), que romperá as relações diplomáticas com Israel, país que o governo de Daniel Ortega critica por sua guerra contra o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.

A decisão é majoritariamente política e simbólica, pois os intercâmbios entre os dois países são quase inexistentes e Israel não tem um embaixador residente em Manágua.

"Nosso presidente instruiu a Chancelaria da República a [...] proceder para o rompimento das relações diplomáticas com o governo fascista e genocida de Israel", declarou a vice-presidente Rosario Murillo, mulher do governante de esquerda, a meios de comunicações oficiais em Manágua.

Ela afirmou que o governo tomou essa decisão "acatando um pedido do Parlamento Nacional", controlado por apoiadores de Ortega, que havia aprovado mais cedo uma moção que solicitava o rompimento dos laços com Israel.

"É muito provável que, nas próximas horas, seja conhecido o decreto que garante o cumprimento dessa instrução" de romper as relações bilaterais, acrescentou Murillo.

Israel e Nicarágua tinham restabelecido relações diplomáticas em 28 de março de 2017, depois que Ortega rompeu os laços em 2010. Manágua também havia cortado os laços diplomáticos com Israel em 1982, durante o governo revolucionário sandinista liderado por Ortega após a revolução de 1979.

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