O papa Francisco pediu neste domingo (13) para "respeitar" os capacetes azuis da ONU no Líbano, que acusaram o Exército israelense de disparar deliberadamente contra as suas posições. 

"Sinto-me próximo de todos os povos envolvidos [no conflito do Oriente Médio], Palestina, Israel, Líbano, onde peço que os soldados de manutenção da paz da ONU sejam respeitados", declarou o pontífice argentino no Vaticano. 

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) denunciou esta semana que as suas forças foram atacadas "deliberadamente" pelo Exército israelense na cidade libanesa de Naqura, onde está o seu quartel-general, além de outras posições. 

Consequentemente, pelo menos cinco soldados da paz ficaram feridos na ofensiva israelense contra o movimento islamista Hezbollah no sul do Líbano. 

As tentativas de negociar o fim dos combates no Líbano e em Gaza falharam até agora.

"Peço mais uma vez um cessar-fogo imediato em todas as frentes e que sejam seguidos os caminhos da diplomacia e do diálogo para alcançar a paz", disse Francisco no final da oração do Angelus, na qual também rezou "pelas vítimas, os deslocados e os reféns". 

"Irmãos e irmãs, a guerra é uma ilusão. Nunca trará paz ou segurança, é uma derrota para todos, especialmente porque acreditamos que somos invencíveis. Por favor, parem", disse ele. 

O papa também manifestou a sua preocupação com a situação na Ucrânia, depois de ter se reunido na sexta-feira com o presidente Volodimir Zelensky no Vaticano, com quem discutiu os meses difíceis que se aproximam devido à chegada do inverno boreal, os bombardeios da rede elétrica e o avanço das tropas russas. 

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