O Ministério das Relações Exteriores britânico anunciou, nesta segunda-feira (14), sanções a vários oficiais militares iranianos, incluindo o comandante-chefe das forças armadas, Abdolrahim Mousavi, após o ataque com mísseis deste país contra Israel em 1º de outubro. 

"Apesar dos repetidos avisos, as ações perigosas do Irã e dos seus aliados levam a uma nova escalada no Oriente Médio", disse o chanceler britânico, David Lammy, em um comunicado. 

O Irã afirmou ter lançado o ataque com mísseis em resposta à morte, após um ataque israelense, do líder do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, em 27 de setembro em Beirute, e também do líder do grupo palestino Hamas, Ismail Haniyeh, em 31 de julho, em um ataque em Teerã atribuído a Israel.

O ataque iraniano de 1º de outubro foi o segundo deste país contra Israel, depois de outra ofensiva com mísseis e drones em abril, em retaliação a um bombardeio israelense que matou 16 pessoas na embaixada iraniana em Damasco, a capital da Síria.

Juntamente com Mousavi, o Reino Unido também sancionou o seu vice, Mohammad-Hossein Dadras, o comandante-chefe das forças aéreas iranianas, Hamid Vahedi, e o chefe dos serviços de inteligência, Mohamed Kazemi. 

As sanções estendem-se também à empresa iraniana Farzanegan Propulsion Systems Design Bureau, que concebe e fabrica "peças que podem ser utilizadas em mísseis", e à agência espacial iraniana, "que desenvolve tecnologias que têm aplicações no desenvolvimento de mísseis balísticos", indicou o governo britânico. 

As sanções abrangem o congelamento de bens dos indivíduos e entidades envolvidos e a proibição de entrada no Reino Unido.

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