O presidente do Comitê Olímpico Russo, Stanislav Pozdnyakov, anunciou sua renúncia ao cargo de forma surpreendente nesta terça-feira (15), justificando sua decisão com a "necessidade de otimizar" a gestão do esporte em seu país, cujos atletas estão excluídos das competições internacionais por conta da ofensiva militar na Ucrânia desde 2022.

Por estas sanções, a Rússia teve uma equipe de apenas 15 atletas nos Jogos Olímpicos de Paris, que participaram sob bandeira neutra depois de passarem por um estrito processo de seleção.

"Os desafios políticos que o nosso país enfrenta tornam necessária uma otimização e uma centralização da gestão em áreas-chave, incluindo o esporte de alto nível", declarou em comunicado Pozdnyakov, que é tetracampeão olímpico de esgrima.

No cargo desde 2018, o dirigente de 51 anos explicou que o Comitê Olímpico Russo "marcará a data para a eleição de um novo presidente em sua próxima reunião, no dia 7 de novembro".

Pozdnyakov criticou em várias ocasiões as sanções impostas a seu país e atribuiu a uma "russofobia" as decisões das autoridades esportivas, em particular do Comitê Olímpico Internacional (COI), que "discriminam" os atletas russos.

O COI, por sua vez, acusou a Rússia de "politizar o esporte" em plena guerra na Ucrânia.

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