Uso do medicamento em desempregados pode ser

Uso do medicamento em desempregados pode ser "muito importante" para a economia, diz primeiro-ministro

crédito: Pexels/Reprodução

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou que considera a aplicação de injeções de perda de peso em desempregados obesos para que esse grupo possa voltar a trabalhar. As informações são da rede britânica BBC.

 

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Uso do medicamento em desempregados pode ser "muito importante" para a economia, diz primeiro-ministro. Starmer defendeu que o uso do remédio de perda de peso pode contribuir para o crescimento econômico do Reino Unido, principal objetivo de seu mandato, e aliviar o sistema de saúde público britânico, o NHS (Serviço Nacional de Saúde, na sigla em inglês).

 

 

Proposta veio de Ministro da Saúde britânico, Wes Streeting. Em uma coluna publicada no domingo (14) no jornal The Telegraph, ele afirma que a obesidade custa mais para o NHS do que o tabagismo. No texto, anunciou o investimento de 279 milhões de libras na farmacêutica Lilly, com a intenção de "explorar novas formas de fornecer serviços de saúde e cuidados para pessoas que vivem com obesidade e um estudo real de cinco anos sobre um tratamento de ponta para obesidade".

 

 

Reino Unido conduzirá estudo com droga de redução de peso em Manchester. O investimento a que Streeting se refere é para um teste de cinco anos de duração com o remédio Mounjaro, da Lilly. Cerca de 250 mil pessoas receberão o medicamento, que atua aumentando a sensação de saciedade no cérebro e a redução da velocidade da digestão da comida.

 

Remédio "mudará a vida" de muitas pessoas, defende ministro. "Os benefícios a longo prazo desses medicamentos podem ser monumentais em nossa abordagem para combater a obesidade", escreveu.

 

 

Última pesquisa do NHS mostra que 29% dos britânicos era obeso. Realizado em 2022, o estudo ainda aponta que 64% da população do Reino Unido tem sobrepeso.

 

REMÉDIO CONSIDERADO PELO REINO UNIDO JÁ FOI APROVADA

 

Remédio considerado pelo Reino Unido já foi aprovado pela Anvisa

 

Mounjaro ainda não está disponível para venda no Brasil. Ele foi aprovado pela Anvisa em setembro de 2023 para tratamento do diabetes tipo 2, mas ainda não está sendo comercializado no país. O uso pode ser feito por adultos, não recomendado para menores de 18 anos.

 

Fabricado pela farmacêutica Lilly, ele tem como ativo a tirzepatida, substância que também é agonista de hormônios do intestino. No entanto, diferente da semaglutida (que mimetiza os efeitos do GLP-1), a molécula do Mounjaro tem ação semelhante à de dois desses hormônios: o próprio GLP-1 e também o GIP (Peptídeo inibidor gástrico).

 

Tirzepatida tem ação semelhante à da semaglutida, com controle dos níveis de açúcar no sangue e da saciedade. No entanto, ao acionar dois hormônios de uma vez, sua atuação é potencializada. Por isso, nos estudos da Lilly, o Mounjaro se mostrou mais efetivo que o Ozempic na redução do nível de hemoglobina glicada, um parâmetro que indica o controle do diabetes tipo 2.