Quase dez anos depois do fracasso de uma tentativa anterior, uma parlamentar trabalhista apresentou, nesta quarta-feira (16), na Câmara dos Comuns britânica um projeto de lei para legalizar a morte assistida para pessoas com doenças terminais. 

"É um grande dia" e "o começo de um novo capítulo", afirmou a deputada Kim Leadbeater, que se aproximou na quarta-feira de manhã para agradecer a presença dos ativistas da associação Dignity in Dying (Dignidade ao morrer), reunidos em frente ao Parlamento para apoiá-la. 

No início da tarde, ela apresentou sua proposta intitulada "Projeto de Lei para o fim da vida dos adultos doentes em fase terminal", confirmando que seu texto será debatido em 29 de novembro. 

Antes de chegar ao poder em julho, o primeiro-ministro trabalhista, Keir Starmer, se comprometeu a permitir que o Parlamento decidisse sobre a morte assistida, enquanto a última votação na Câmara Baixa remonta a 2015. 

"Acredito que chegou o momento desse debate", defendeu Kim Leadbeater, assegurando que seu texto incluirá "garantias e proteções sólidas e seguras". 

Starmer disse não haverá instruções de voto para esse texto. 

A assistência ao suicídio é ilegal na Inglaterra, no País de Gales e na Irlanda do Norte, e acarreta uma sentença de 14 anos de prisão por auxílio e cumplicidade. 

Na Escócia, a prática não é criminalizada como tal, mas uma pessoa que ajuda alguém a morrer pode ser processada por homicídio.

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