A Raytheon, subsidiária da empresa RTX, que possui contratos importantes de defesa com os Estados Unidos, pagará mais de US$ 950 milhões (R$ 5,4 bilhões) pelas acusações de fraudar o governo americano e participar de suborno, anunciou nesta quarta-feira (16) o Departamento de Justiça (DoJ).
"A Raytheon participou de planos criminosos para fraudar o governo dos Estados Unidos em relação a contratos para sistemas militares cruciais e para obter negócios mediante suborno no Catar", disse o vice-procurador-geral Kevin Driscoll, em comunicado do DoJ.
Driscoll acrescentou que a Raytheon fechou com as autoridades dois acordos de diferimento de processo por três anos, nos quais serão retiradas as acusações criminais, se a empresa cumprir com os termos acordados durante esse período.
Como parte de um dos acordos, a Raytheon admitiu ter "dois planos distintos para fraudar o Departamento de Defesa (DoD) em relação ao fornecimento de artigos e serviços de defesa, incluídos os sistemas de mísseis PATRIOT e um sistema de radar", informou o departamento.
O outro acordo está relacionado a duas acusações derivadas de um plano para subornar um funcionário catari e, na sequência, não revelar esses subornos em um requerimento ao Departamento de Estado.
"Ambos os acordos requerem que a Raytheon contrate um supervisor de compliance independente durante três anos, melhore o seu programa de compliance interno, informe as provas adicionais de má conduta ao Departamento de Justiça e coopere em qualquer investigação penal em curso ou futura", diz a nota.
A subsidiária da RTX "também chegou a um acordo independente com o departamento em virtude da Lei de Reclamações Falsas em relação aos esquemas de superfaturamento de preços", acrescenta.
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