Um tribunal de Bangladesh emitiu nesta quinta-feira (17) uma ordem de prisão contra a ex-primeira-ministra Sheikh Hasina, que fugiu do país depois de ser destituída por uma onda de protestos em agosto e que é acusada de responsabilidade em massacres e crimes contra a humanidade.

Hasina, que permaneceu 15 anos no poder, foi acusada de violações dos direitos humanos e de execuções extrajudiciais dos seus rivais políticos.

"O tribunal ordenou a detenção da ex-primeira-ministra Sheikh Hasina e seu comparecimento ao tribunal em 18 de novembro", anunciou Mohammad Tajul Islam, promotor-chefe do Tribunal de Crimes Internacionais de Bangladesh.

"Sheikh Hasina estava no comando daqueles que cometeram massacres, assassinatos e crimes contra a humanidade em julho e agosto", declarou Islam.

O tribunal investiga várias denúncias de que Hasina ordenou "assassinatos em massa" dos manifestantes que participaram nos protestos que terminaram com sua queda.

Hasina, 77 anos, não é vista em público desde agosto e seu último paradeiro conhecido foi uma base militar perto da capital da Índia, Nova Délhi. 

Bangladesh revogou o passaporte diplomático da ex-primeira-ministra e sua presença na Índia provocou indignação. Os países vizinhos têm um tratado de extradição, mas o pedido pode ser negado se as acusações forem consideradas de "natureza política". 

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