As declarações do presidente francês Emmanuel Macron sobre o papel das Nações Unidas na criação do Estado de Israel geraram polêmica na França após críticas ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. 

Na terça-feira, Macron apelou a Netanyahu para que cumpra as decisões das Nações Unidas e observou, em uma reunião de gabinete, que o dirigente israelense "não deve esquecer que seu país foi criado por uma decisão da ONU".

O presidente de centro-direita se referia ao Plano de Partilha da Palestina entre um Estado judaico e um Estado árabe, aprovado em novembro de 1947 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

A deputada Caroline Yadan, eleita pelos franceses residentes em Israel e outros países, denunciou no X uma declaração "indigna". 

"Sugerir que a criação do Estado de Israel é resultado de uma decisão política da ONU é ignorar a história centenária do sionismo", escreveu na mesma rede social Yonathan Arfi, do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (Crif). 

A porta-voz do governo, Maud Bregeon, tentou contextualizar as declarações nesta quinta-feira na Rádio Sud, afirmando que o objetivo foi lembrar a "necessidade" de todos os países "respeitarem as regras internacionais", incluindo Israel. 

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