Os ministros da Defesa das principais economias ocidentais (G7) reivindicaram neste sábado (19), na cidade italiana de Nápoles, respeito pela missão de paz da ONU no Líbano (Unifil) e prometeram "apoio inabalável" à Ucrânia, inclusive militar.

A reunião se centrou na escalada bélica no Oriente Médio, onde o exército israelense continua suas operações contra o Hezbollah no Líbano e contra o Hamas na Faixa de Gaza, apesar da morte do líder do movimento palestino, Yahya Sinwar.

A Itália, na presidência rotativa do grupo, incluiu também na pauta a guerra na Ucrânia, as crescentes tensões na África e a situação de segurança na região Ásia-Pacífico.

Os ministros do G7 expressaram sua "preocupação com todas as ameaças à segurança da Unifil", sem mencionar Israel.

A força de paz da ONU, que conta com cerca de 9.500 soldados de mais de 50 países, acusa o exército israelense de ter disparado "deliberadamente" contra suas posições, deixando vários feridos, desde o início da escalada com a milícia pró-iraniana no Líbano no mês passado.

"A proteção dos soldados da paz diz respeito a todas as partes em um conflito", insistiu a declaração conjunta final da reunião do G7, formado por Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Japão.

Também estiveram presentes na reunião o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.

Borrell apontou que a morte do chefe do Hamas em Gaza abre "uma nova perspectiva" para um cessar-fogo no território palestino, bombardeado sem descanso desde o letal ataque do movimento islamista em Israel, em 7 de outubro de 2023.

Os ministros da Defesa do G7 também prometeram apoio à Ucrânia, que recua na linha de frente e sofre bombardeios massivos da Rússia, mais de dois anos após a invasão russa.

O grupo reafirmou seu "apoio inabalável à liberdade, soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia, pelo tempo que for necessário" e destacou sua "intenção de continuar prestando ajuda à Ucrânia, inclusive militar, a curto e longo prazo".

O G7 aprovou em junho um programa de empréstimo de 50 bilhões de dólares (R$ 270 bilhões na cotação da época) para Kiev, financiado com os juros obtidos dos ativos russos congelados.

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