O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (21), que o acidente doméstico que sofreu e que o obrigou a cancelar sua viagem para a cúpula do Brics na Rússia foi "grave", mas ainda precisará aguardar alguns dias para ver como o quadro evolui.

“Estou bem sim, eu tive um acidente aqui, mas uma bobagem minha. Foi grave, mas não afetou nenhuma parte mais delicada”, disse ele durante um telefonema com o candidato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de Camaçari, na Bahia, Luiz Carlos Caetano.

Lula, que completará 79 anos no próximo domingo, foi internado no sábado no Hospital Sírio-Libanês de Brasília "após acidente doméstico, com ferimento corto-contuso na região occipital".

Segundo a imprensa, na noite de sábado, o presidente sofreu uma queda no banheiro do Palácio do Alvorada, a residência presidencial, e bateu a parte de trás da cabeça. Ele precisou levar pontos na nuca.

Por recomendação médica, Lula cancelou a viagem a Kazan no domingo para participar da cúpula do Brics, que vai de terça a quinta-feira, mas participará por videoconferência, de acordo com a Presidência.

O presidente também deve manter sua agenda de trabalho: nesta segunda, publicou nas redes sociais uma foto ao lado de seu assessor de política externa, Celso Amorim, e do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

“O presidente está muito ativo, super bem… Bastante tranquilo”, declarou Padilha aos jornalistas após o encontro, em uma "mensagem de tranquilidade".

Lula disse que precisa esperar alguns dias para entender os efeitos do acidente. “Eu estou cuidando porque qualquer coisa na cabeça é muito forte, né? (...) Os médicos disseram que eu tenho que esperar pelo menos uns três, quatro dias para eles saberem qual foi o estrago”, afirmou ao candidato a prefeito Luiz Carlos Caetano, que divulgou o conteúdo nas redes sociais.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, liderará a delegação brasileira em Kazan. 

Este seria o primeiro encontro entre Lula e Putin durante o terceiro mandato do presidente brasileiro. Em setembro, ambos conversaram por telefone sobre uma proposta conjunta do Brasil e da China para acabar com a guerra na Ucrânia. Nesta terça, falarão novamente por telefone, anunciou a Presidência brasileira.

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