O Parlamento Europeu aprovou nesta terça-feira (22) um empréstimo à Ucrânia de até 35 bilhões de euros (38 bilhões de dólares, 216 bilhões de reais), apoiado pelos lucros gerados por ativos russos congelados na União Europeia (UE).

O empréstimo é parte de um pacote maior, de quase 50 bilhões de dólares, acordado pelo G7 em junho.

A moção foi aprovada por 518 votos favoráveis, 56 contrários e 61 abstenções.

O comissário europeu de Justiça, Didier Reynders, afirmou que a expectativa geral é que o governo dos Estados Unidos anuncie na sexta-feira sua contribuição à iniciativa.

Para a eurodeputada liberal sueca Karin Karlsbro, relatora da moção, "a necessidade de apoio financeiro é imensa e urgente. A Rússia deve pagar pelos ataques aos ucranianos e por destruir brutalmente suas infraestruturas e cidades".

"O peso da reconstrução da Ucrânia cabe aos responsáveis por sua destruição, ou seja, a Rússia", acrescentou.

Desde o início da ofensiva da Rússia na Ucrânia, a UE congelou quase 210 bilhões de euros (227 bilhões de dólares, 1,29 trilhão de reais) de ativos pertencentes ao Banco Central russo.

Analistas calculam que 90% dos ativos estão registrados na organização internacional de depósitos Euroclear, com sede na Bélgica.

Os governos dos países do bloco já aprovaram a iniciativa e, após a votação desta terça-feira, o Conselho Europeu deve aprovar a regulamentação, que entrará em vigor no dia de sua publicação no Diário Oficial da UE.

ahg/zm/fp/aa