Al Pacino contou os detalhes em autobiografia lançada mês passado -  (crédito: Chris Kleponis / AFP)

Al Pacino contou os detalhes em autobiografia lançada mês passado

crédito: Chris Kleponis / AFP

O ator Al Pacino, 84, contou como chegou a perder US$ 50 milhões (R$ 285 milhões nos valores atuais), o levando à falência, em sua autobiografia, "Sonny Boy" - lançada recentemente no Brasil pela Editora Rocco. O astro de Hollywood, conhecido por atuar nos filmes "O Poderoso Chefão" e "Perfume de Mulher", deu detalhes sobre um processo judicial e seus gastos descontrolados.    


 

Intriga com estúdio

No começo dos anos 1970, logo após ser cotado para viver o mafioso Michael Corleone em "O Poderoso Chefão", do diretor Francis Ford Coppola, o artista foi alvo de processo do estúdio MGM. A empresa acusava Pacino de ter aceito o papel mesmo estando em contrato para viver outro mafioso na comédia "The Gang That Couldn't Shoot Straight". O próprio agente do ator havia dito não à equipe de Coppola e do estúdio responsável pelo clássico, o Paramount. 

 

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O caso já havia sido narrado no filme autobiográfico ‘The Kid Stays In The Picture’, sobre a vida do produtor Robert Evans. O profissional era um dos responsáveis pela Paramount e participou diretamente na escolha de Al Pacino em ‘Poderoso Chefão’. 


Em seu livro, o ator relata que foi necessário “contratar advogados para me ajudarem a me tirar [do contrato com a MGM]. Logo, havia contraído dívidas de 15 mil dólares”. Ainda foi relatado que Pacino participou de uma reunião com o chefe do estúdio para tentar uma reconciliação. No entanto, ele foi obrigado a consultar a MGM a respeito de qualquer script ou obra que planejasse fazer parte. 


Astro de Hollywood teve gastos milionários


Al Pacino ainda contou que gastava muito e tinha pouco conhecimento sobre sua realidade econômica à época. O ator relatou que confiava cegamente em seu contador e “mesmo tendo apenas dois carros, de alguma forma eu estava pagando por 16, além de 23 números de telefone que eu desconhecia”.  


O artista diz que chegou a pagar US$ 400 mil (R$ 2,3 milhões) por ano para um paisagista que realizava seu trabalho “em uma casa que nem morava”, completou. Para não ficar sem dinheiro, Pacino teve de vender uma de suas duas casas, participar de seminários sobre finanças e atuado no filme ‘Jackie e Jill’ (2011). com Adam Sandler, que o pagou muito bem, disse o ator.