Israel confirmou nesta terça-feira (22) que matou em um bombardeio realizado há três semanas ao sul de Beirute Hashem Safieddine, apontado como possível sucessor de Hassan Nasrallah, o líder histórico do Hezbollah assassinado em outro bombardeio poucos dias antes.
"Agora podemos confirmar que o chefe do Conselho Executivo do Hezbollah, Hashem Safieddine, e o chefe da Direção de Inteligência do Hezbollah, Ali Hussein Hazima, foram abatidos junto com outros comandantes do Hezbollah em um bombardeio há umas três semanas", indicou o Exército israelense em comunicado.
O Hezbollah não reagiu de imediato a este anúncio.
Nasrallah morreu em um bombardeio israelense também nos subúrbios ao sul de Beirute em 27 de setembro.
"Acabamos com Nasrallah, seu substituto e a maior parte da cúpula do Hezbollah", declarou em comunicado o general Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior do Exército israelense.
"Vamos golpear qualquer um que ameace a segurança dos cidadãos do Estado de Israel", acrescenta a nota.
Com barba grisalha, óculos e o turbante preto dos Sayed - os descendentes do profeta Maomé -, Hashem Safieddine, com cerca de 60 anos, compartilhava uma surpreendente semelhança física com seu primo Hassan Nasrallah.
Safieddine era um dos membros mais importantes do Conselho da Shura, a mais alta instância do Hezbollah. Uma fonte próxima afirmou que ele era "o candidato mais provável" a suceder o falecido líder do movimento xiita pró-iraniano.
Um funcionário do Hezbollah informou à AFP em 5 de outubro que havia "perdido" contato com Safieddine desde os bombardeios israelenses nos arredores de Beirute do dia anterior.
Em 8 de outubro, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou em um vídeo dirigido aos libaneses que Israel havia "eliminado milhares de terroristas, incluindo Nasrallah, o substituto de Nasrallah e o substituto de seu substituto".
Após quase um ano de guerra contra o movimento islamista palestino Hamas em Gaza, Israel voltou seus olhares para o Líbano no final de setembro, prometendo garantir a segurança de sua fronteira norte ante os disparos do Hezbollah, aliado do Hamas.
Israel intensificou seus bombardeios aéreos contra redutos do Hezbollah em todo o país e lançou uma ofensiva terrestre em 30 de setembro.
Pelo menos 1.552 pessoas morreram no Líbano desde 23 de setembro, segundo um balanço da AFP feito a partir de números do Ministério da Saúde libanês.
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