As mudanças climáticas e ameaças à biodiversidade no mundo são "duas crises totalmente inter-relacionadas”, afirmou nesta quinta-feira (24) a vice-diretora de campanhas do Greenpeace para os países andinos, Estefanía González, na COP16, que acontece em Cali.
Para o Greenpeace, a maior conferência das Nações Unidas sobre biodiversidade é uma oportunidade para mostrar que "proteger a natureza significa ajudar a combater a crise climática”, disse Estefanía em entrevista coletiva, ressaltando que a organização está "acompanhando todas as negociações" e observando "a agenda de sinergias entre o clima e a biodiversidade", visando à mobilização dos recursos necessários, previamente acordados, para “agir pela biodiversidade”.
Segundo o Quadro Global de Biodiversidade (GBF) de Kunming-Montreal, finalizado em 2022, os países devem mobilizar pelo menos 200 bilhões de dólares anuais (1,1 trilhão de reais) até 2030 para proteger a biodiversidade, incluindo 20 bilhões anuais até 2025 dos países ricos para ajudar os países em desenvolvimento. Até agora, os países se comprometeram a aportar cerca de 250 milhões de dólares (1,4 bilhão de reais) no fundo, segundo agências que supervisionam o processo.
“O tempo dos compromissos já passou. Temos um marco global da biodiversidade, temos que implementá-lo", declarou a representante da ONG de ação climática. “Se colocarmos a ação coletiva no foco, poderemos fazer algo e costurar os acordos de que precisamos para alcançar 30% da diversidade do planeta” até 2030, meta estabelecida pelo GBF para “deter e reverter" a perda mundial de biodiversidade, disse Estefanía.
O Greenpeace está presente na COP16 com cerca de 30 delegados.
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