Milhares de pessoas compareceram nesta quinta-feira (24) ao funeral do pregador muçulmano Fethullah Gülen, que morreu no exílio nos Estados Unidos na semana passada e era arqui-inimigo do presidente turco Recep Tayyip Erdogan.

A cerimônia foi realizada em um estádio na cidade de Augusta, em Nova Jersey, estado vizinho a Nova York e no qual reside uma importante comunidade originária da Turquia.

Gülen deve ser enterrado em Poconos, uma região montanhosa e de floresta no estado da Pensilvânia (nordeste), onde ele morava desde 1999.

O presidente turco Erdogan, que reivindicava sua extradição há vários anos, atacou na terça-feira os "traidores que conseguiram escapar da Justiça turca", um dia depois do anúncio da morte do pregador aos 83 anos.

Gülen foi um importante aliado de Erdogan, que tirou proveito do movimento homônimo do pregador, também chamado "Hizmet" ("Serviço", em turco), para chegar ao poder nos anos 2000.

Ancara acusava o imã Gülen de ter planejado um golpe de Estado que fracassou em julho de 2016, o que levou a centenas de milhares de prisões entre seus seguidores na Turquia.

Gülen, que negava qualquer envolvimento nas acusações, foi despojado de sua nacionalidade em 2017.

bur-sst/eml/cjc/ag/rpr/mvv