A presidente do México, Claudia Sheinbaum, descartou, nesta sexta-feira (25), chamar de "terrorismo" a violência gerada por narcotraficantes, um dia depois que um carro-bomba deixou três policiais feridos e que 19 pessoas morreram em confrontos entre criminosos e forças de segurança. 

Dois policiais morreram ontem em uma troca de tiros com supostos criminosos no estado mexicano de Guerrero, confimou o o governo. Militares mataram em seguida 17 pistoleiros que os atacaram, segundo o secretário de Segurança, Omar García Harfuch.

Onze suspeitos foram presos. “Como podemos ver, esses grupos têm um poder de fogo muito importante”, disse García Harfuch.

Ainda ontem, no estado de Guanajuato, um carro-bomba explodiu em frente a uma base policial, ferindo três agentes. Uma segunda explosão na mesma região causou danos materiais.

Questionada se essas ações podem ser chamadas de “narcoterrorismo”, Claudia Sheinbaum negou e anunciou que vai expor na próxima terça-feira as diferenças entre “terrorismo” e “crime organizado” em um novo relatório de segurança do governo.

Embora não tenha avançado em seus argumentos, o governo da presidente manteria a postura do ex-presidente Andrés Manuel López Obrador, segundo o qual chamar os cartéis de terroristas abriria as portas para uma possível intervenção dos Estados Unidos no México.

Para García Harfuch, os ataques em Guanajuato estariam ligados a disputas entre cartéis e a tentativas de intimidação das autoridades. Guerrero e Guanajuato são dois dos estados mais afetados pela violência.

O México soma mais de 450 mil assassinatos desde o fim de 2006, quando o governo iniciou a ofensiva militar contra as máfias.

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