A Bolsa de Valores de Nova York fechou, nesta sexta-feira (25), com resultados mistos, em um mercado cauteloso diante das eleições presidenciais americanas e carente de novos estímulos.

O índice Dow Jones caiu 0,61%, o tecnológico Nasdaq subiu 0,56% e o ampliado S&P 500 fechou perto da estabilidade (-0,03%).

Segundo Karl Haeling, da firma LBW, o mercado se encontra em compasso de espera, pouco propenso a assumir riscos antes das eleições presidenciais. "Isso se deve mais à incerteza do que a qualquer outra coisa", disse.

Os dois principais candidatos, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris, estão empatados nas pesquisas a nível nacional, mas também, o que é mais importante, devido ao sistema eleitoral, estão cabeça a cabeça em vários estados-chave como Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin.

Após se beneficiar da queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro na quinta-feira, Wall Street voltou a vê-los subir nesta sexta. O rendimento da dívida pública americana ficou em 4,23%, contra 4,21% do fechamento de ontem.

"Temos que estar atentos ao déficit [do governo] e a como isso afetará a rentabilidade dos títulos e a demanda dos papéis do Tesouro americano", disse Meghan Shue, de Wilmington Trust, "porque seja qual for o resultado das eleições, a situação orçamentária não parece boa".

Os programas do candidato republicano Trump e de sua oponente democrata Kamala Harris suporiam aumentos da dívida pública, segundo várias avaliações independentes.

A bolsa nova-iorquina também se viu privada de seu outro motor da semana, os resultados empresariais, que foram mais escassos nesta sexta-feira.

Os investidores também não tiveram grandes indicadores nos quais pudessem cravar os dentes.

Como costuma ocorrer, o setor tecnológico esteve na linha de frente, em particular a Tesla (+3,34%), ainda em alta após os bons resultados de quarta-feira.

Todas as grandes ações tecnológicas fecharam no azul, incluindo a Alphabet (+1,50%). No decorrer do pregão, a Nvidia (+0,80%) voltou a se tornar a maior capitalização em bolsa do mundo, à frente da Apple (+0,36%), antes de recuar e voltar a ficar atrás da empresa da maçã.

Esta recuperação do setor tecnológico contrastou com um certo pessimismo no Dow Jones, que na sexta-feira registou a quinta sessão negativa consecutiva, depois de uma série de máximos históricos.

Isto se deveu particularmente ao McDonald's (-2,97%), que segue afetado por uma série de infecções vinculadas a seus hambúrgueres, com o resultado de uma morte e 75 doentes.

Mas a rede de comida rápida não foi a única que sofreu, já que muitos valores da velha economia caíram, entre eles Goldman Sachs (-2,27%).

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